domingo, 29 de janeiro de 2012

Pessoas Destroçadas



             Chamo-me Aline e tenho verdadeiro pavor de escrever sobre mim mesma. Simpatizo com pessoas aleatórias. Tenho amores platônicos. Nunca sei o que conversar quando encontro alguém. Gosto de ficar sozinha, porque admiro o silêncio e não gosto de palavras ditas em vão. Fico muito quieta quando estou cansada, obviamente, não iria a uma academia nesse estado. Devo parecer assustadora a estranhos, porque a primeira frase que escuto quando converso com alguém é: “Achei que você não fosse com a minha cara”. Tenho horror a plateias, pois acredito que elas possam me esmagar. Sou viciada em coca-cola e vitamina de morango. Sou vegetariana. Detesto sol. Gosto de chuva. Adoro frio. Aprecio livros, sobretudo os de fantasia. Choro assistindo filmes. Sou romântica. Sou muito estabanada. Idolatro animais, principalmente formigas. Socializo jogando xadrez. Sou grossa inconscientemente (ou não). Gosto de preto. Estudo sempre na última hora. Tenho personalidade forte, mas não sei me expressar direito. Não consigo emagrecer. Falo sozinha em inglês assim pareço menos louca, caso seja flagrada. Sei montar o cubo mágico. Ando sorrindo/chorando na rua. Sou incomum.
Sofro de depressões simultâneas e, ao contrário do que digo, a solidão não me consola. Confundo sentimentos, atropelo emoções: quero tudo para ontem e não me contento com o amanhã. Sou lunática, frenética, energética, mas vivo exausta de tudo e de todos. Quero ficar acordada até tarde, mas devo acordar cedo. Sou uma antítese.
Sou eclética nos meus gostos. Uma metamorfose quanto a opiniões. Agudamente egocêntrica, principalmente quando não devo. Orgulhosa de carteirinha, dramática do travesseiro.  Consolo minha mente com chocolate e vinho. Desprezo quem me ama. Amo quem me odeia. Gasto muito apenas pelo desprazer de querer ser vista. Sou confusa. Sou genérica. Sou única. Sou um conjunto de pessoas destroçadas, de sentimentos variantes, de medos absurdos e de obsessões estranhas.
















Mona M.

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