quarta-feira, 28 de junho de 2023

Você imagina?

 Uma dor visceral diária 

Consumindo suas entranhas mentais?

Uma dor catastrófica, sem origem aparente?

Uma unânime descrença entorno das suas ações, aflições e angústias?

Uma vida regrada à medo,

Subcediada pela imaginação fértil da finitude...

Essa vida, que talvez você nem consiga imaginar, é o cotidiano de quem vos escreve. 


E essa pessoa dirá: não é medo, é real. 

Você consegue imaginar? 


Mona M.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Forever Young



A todos que não foram e não ligaram
(Fernanda Young)

Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só restou lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?

Estou confusa, claro. Achava que você iria.

Tanto que eu aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a meteorologia. Qualquer pneu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.

Esperei outro tanto pelo seu telefonema, com todas as esclarecedoras explicações. Para cada razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.

Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.

Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.

Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.

Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, para ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.

Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.

Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?

Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?

Revista Claudia (19.11.2007)

terça-feira, 7 de julho de 2015

Zygmunt Bauman: Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar

Estamos cada vez mais aparelhados com smartphones, tablets, notebooks, etc. Tudo para disfarçar o antigo medo da solidão. O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento. Este texto tem como base a ideia do "ser líquido", característica presente nas relações humanas atuais. Inspirado na obra "Amor Líquido" - sobre a fragilidade dos laços humanos, de Zigmunt Bauman. As relações se misturam e se condensam com laços momentâneos, frágeis e volúveis. Em um mundo cada vez mais dinâmico, fluído e veloz. Seja real ou virtual.





O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é um dos intelectuais mais respeitados da atualidade. Aos 87 anos, seus livros venderam mais de 200 mil cópias. Um resultado e tanto para um teórico. Entre eles, “Amor liquido” é talvez o livro mais popular de Bauman no Brasil. É neste livro que o autor expõe sua análise de maneira mais simples e próxima do cotidiano, analisando as relações amorosas e algumas particularidades da “modernidade líquida”. Vivemos tempos líquidos, nada é feito para durar, tampouco sólido. Os relacionamentos escorrem das nossas mãos por entre os dedos feito água.
Bauman tenta mostrar nossa dificuldade de comunicação afetiva, já que todos querem relacionar-se. Entretanto, não conseguem, seja por medo ou insegurança. O autor ainda cita como exemplo um vaso de cristal, o qual à primeira queda quebra. As relações terminam tão rápido quanto começam, as pessoas pensam terminar com um problema cortando seus vínculos, mas o que fazem mesmo é criar problemas em cima de problemas.
É um mundo de incertezas, cada um por si. Temos relacionamentos instáveis, pois as relações humanas estão cada vez mais flexíveis. Acostumados com o mundo virtual e com a facilidade de “desconectar-se”, as pessoas não conseguem manter um relacionamento de longo prazo. É um amor criado pela sociedade atual (modernidade líquida) para tirar-lhes a responsabilidade de relacionamentos sérios e duradouros. Pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, ou seja, caso haja defeito descarta-se - ou até mesmo troca-se por "versões mais atualizadas".
O romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas “fazer amor”. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado.
Ainda para tentar explicar a relações amorosas em “Amor Líquido”, Bauman fala sobre “Afinidade e Parentesco.” O parentesco seria o laço irredutível e inquebrável. É aquilo que não nos dá escolha. A afinidade é ao contrário do parentesco. Voluntária, esta é escolhida. Porém, e isso é importante, o objetivo da afinidade é ser como o parentesco. Entretanto, vivendo numa sociedade de total “descartabilidade”, até as afinidades estão se tornando raras.
Bauman fala também sobre o amor próprio: o filósofo afirma que as pessoas precisam sentir que são amadas, ouvidas e amparadas. Ou precisam saber que fazem falta. Segundo ele, ser digno de amor é algo que só o outro pode nos classificar. O que fazemos é aceitar essa classificação. Mas, com tantas incertezas, relações sem forma - líquidas - nas quais o amor nos é negado, como teremos amor próprio? Os amores e as relações humanas de hoje são todos instáveis, e assim não temos certeza do que esperar. Relacionar-se é caminhar na neblina sem a certeza de nada - uma descrição poética da situação.


https://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A&feature=player_embedded


"Para ser feliz há dois valores essenciais que são absolutamente indispensáveis [...] um é segurança e o outro é liberdade. Você não consegue ser feliz e ter uma vida digna na ausência de um deles. Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos. Você precisa dos dois. [...] Cada vez que você tem mais segurança, você entrega um pouco da sua liberdade. Cada vez que você tem mais liberdade, você entrega parte da segurança. Então, você ganha algo e você perde algo", afirma o filósofo.
Aline Tomasini


 

"Ensaio sobre a cegueira" e "Cegueira Moral": ideias de Saramago e Bauman sobre a modernidade

 
"...o tempo está-se a acabar, a podridão alastra, as doenças encontram as portas abertas, a água esgota-se, a comida tornou-se veneno", e é necessário que identifiquemos, com urgência, as causas destes problemas gerados pela própria humanidade, e consigamos superá-los. A epidemia de cegueira narrada trata-se do horror vivenciado mas não visto; o olhar é a capacidade de ver e de reparar os males da convivência humana nas sociedades: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara" (Ensaio sobre a Cegueira)


Resolvi iniciar o artigo, com uma notícia que me deixou profundamente desesperançosa em relação a qual caminho segue a humanidade. Na Nigéria, neste sábado (10), uma menina de dez anos, sim, apenas, dez anos, foi usada como bomba, em um mercado, matando 20 pessoas! Ainda não houve a reivindicação do atentado, mas sabe-se que militantes do grupo terrorista Boko Haram têm usado frequentemente mulheres e meninas como bombas humanas na guerra para instauração de um Estado islâmico. Essa, e outras notícias, infelizmente, se tornaram diárias há anos.
Em 1995, José Saramago publicou o livro Ensaio sobre a Cegueira. As personagens são acometidas pela chamada "cegueira branca". Saramago, faz uso desta cegueira como metáfora, uma analogia do quanto as pessoas vão se tornando cegas no mundo contemporâneo, a exemplo como ocorreu com a primeira personagem do livro, que cegou quando conduzia o seu automóvel: ‘de repente a realidade tornou-se indiferenciada à sua volta’.
A seguir, há na narrativa, a história do "cego" que chegou ao oftalmologista em busca de uma solução para o seu problema, o médico considerou o caso urgente e passou-o à frente dos outros pacientes que aguardavam pela consulta. Porém, a mãe de um menino que aguardava sua vez não se sensibilizou diante da urgência do paciente inesperado e "...protestou que o direito é o direito, e que ela estava em primeiro lugar, e à espera a mais de uma hora."
Assim, o interesse próprio, a impaciência e insensibilidade dessa paciente diante de alguém com um problema considerado mais urgente foi um primeiro apontamento do autor desta cegueira ocorrer em função do distanciamento existente entre os indivíduos nas sociedades modernas. Um distanciamento que leva cada um a observar apenas os seus próprios interesses, fundados através do que for conveniente a si mesmo. Assim, Saramago não trata apenas da cegueira física, mas da cegueira moral dentro da qual a sociedade se encontra: "Por que cegamos, não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vêem, cegos que vendo, não vêem" (José Saramago).


José Saramago

 
Cegueira Moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida, lançado em 2013, é um livro composto por cinco diálogos de Zygmunt Bauman, renomado sociólogo, com Leonidas Donskis, filósofo, cientista político, que giram em torno da questão do que o mal não ser apenas restrito somente às guerras ou às circunstâncias nas quais pessoas atuam sob condições de coerção extrema. Ele também se revela com frequência na insensibilidade diária diante do sofrimento do outro, na incapacidade de compreendê-lo e no desejo de controlar a privacidade alheia. Na banalização da violência cotidianamente - " A violência e os desastres se tornaram tão constantes e são de tal modo naturalizados que estamos calejados de tanta desumanidade" (Cegueira Moral). Como falei inicialmente, na triste e desumana notícia da menina-bomba, que se torna cada dia mais constante.
Bauman, trouxe os termos “relações líquidas” e “modernidade líquida” para tentar nomear esta maneira que temos hoje de nos vincular, permanecendo na realidade fechados em nossa ilha narcísica (assunto que tratei em meu primeiro artigo – “...A necessidade de construirmos uma sociedade menos individualista e egoísta, que cada vez mais nos tornamos, e sim que as redes sociais possam ter, principalmente, uma função de contribuição à sociedade!).Onde a realidade virtual, essencialmente líquida, se sobrepõe constantemente à realidade real, sólida e duradoura.
A exemplo, viu-se no ano passado, nas redes sociais o "jihadista hipster", jovem que se tornou o símbolo do poder de sedução do terror entre os jovens muçulmanos. Islam Yaken, que antes usava as redes sociais para exibir os músculos ganhos na academia, passou a dedicar seu perfil no Twitter a glorificação do califado de Abu Bakr Al-Baghdadi, o terrorista internacionalmente procurado que lidera o Estado Islâmico, e para postar fotos sangrentas, incluindo uma cabeça em uma cesta. Além disso, diversas notícias demonstram que há aproximadamente mais de 12 mil estrangeiros, de 81 países, que foram lutar na Síria nos últimos três anos, onde cerca de 3.000 teriam como origem países ocidentais.
Por fim, Bauman e Donskis discutem também o quanto líderes como Nelson Mandela, e Mahatma Gandhi representaram uma política realmente voltada para as questões da humanidade, possibilitando mudanças nas sociedades, relacionadas com seus valores morais. O mundo carece, demasiadamente, de líderes assim.
Fica a reflexão, do por que estes jovens, e tantos outras pessoas se identificam com o terror, com a violência? E novamente aponto, qual a importância das redes sociais nisso? E qual a responsabilidade de cada um? Afinal, a página do deputado Bolsonaro, denunciado pelo Ministério Público por incitação ao estupro, tem mais de 1 milhão de seguidores, enquanto uma outra página, chamada Algar gente servindo gente, para troca de conhecimento sobre inovação, empreendedorismo social, educação, etc, tem por volta de 27 mil seguidores. Ou senão de fato estamos caminhando para o “olho por olho, e o mundo acabará cego” (Gandhi), conforme narrado ao longo do livro Ensaio sobre a Cegueira. Por isso, sejamos a mudança que queremos VER no mundo.



Aline Tomasini






 

COMPLEXO DE MORFEU

Algo como morfina.

Proibido não conhecer Pablo Neruda!

Na alegria e leveza de suas palavras de amor ou na franqueza e paz invocada em suas palavras políticas, Pablo Neruda, originalmente batizado como Neftalí Ricardo Reyes, é um poeta que soube viver e encher o mundo de vida.
Antes de personificar-se como a poesia Chilena, Neruda era um estudioso e admirador de escritores de todo o mundo. Assim, quando mudou seu nome de batismo em ação de modificação de nome civil, homenageou os poetas tcheco Jan Neruda e o francês Paul Verlaine, reafirmando seu caráter de cidadão do mundo.
De tão cidadão do mundo era que, em 1927, começou sua carreira diplomática. Lutou contra o franquismo na Espanha ao lado do também poeta Federico García Lorca, assassinado pelos fascistas; o que lhe rendeu o poema "Espanha no coração".

Espanha no coração

Madrid isolada e solene, Julho te surpreendeu com tua alegria de colmeia pobre: tua rua era clara, claro era teu sonho. Um desejo negro de generais, uma vaga de sotainas raivosas rompeu entre teus joelhos suas lodosas águas, seus rios de escarro.
Todavia, com os olhos feridos de sono, com escopeta e pedras, Madrid, recém-ferida, defendeste-te. Corrias pelas ruas deixando estelas de teu santo sangue, reunindo e chamando com uma voz de oceano, com um rosto mudado para sempre pela luz do sangue, como uma vingadora montanha, como uma sibilante estrela de facas.
Quando nos tenebrosos quartéis, quando nas sacristias da traição entrou tua espada ardendo, não houve senão o silêncio do amanhecer, não houve senão teu passo de bandeiras, e uma gota de sangue em teu sorriso.

Foi ativista do Partido Comunista do Chile, foi Senador, foi candidato à presidência do Chile, apoiou Salvador Allende, homenageou Luis Carlos Prestes no Estádio do Pacaembu, recebeu o Prêmio Lênin da Paz, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, escreveu, encantou, inspirou, emocionou, se apaixonou.
Uma de suas paixões mais fortes era o mar. "La Chascona" é o museu em que fora transformada sua casa em Santiago do Chile, na qual podemos sentir a suavidade e firmeza em que levou sua vida. Com diversas peças e mobiliário que fazem menção ao mar, era assim que Pablo Neruda vivia: como quem navega amando o balanço, mas não perde a direção de seu barco nas ondas fortes.
A casa também possui diversos jardins, bibliotecas que afirmam seu amor pela leitura, fotos com amigos poetas, pequenas salas de reuniões e bares para receber amigos e fotos de sua amante Matilde, a quem havia dedicado "Os Versos do Capitão".

Os Versos do Capitão

Ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Além disso, tudo em sua casa é muito colorido e diversos objetos de decoração são presentes de amigos e lembranças dos vários lugares em que esteve. Sua casa é um verdadeiro santuário de arte mundial e uma prosopopeia de felicidade, amizade e amor.
O que, ademais, desperta interesse é perceber que em diversos alpendres de portas e portais e em algumas árvores percebemos pingentes de desenhos de olhos.

São os olhos do poeta que, sempre vigilantes e sensíveis, foram capazes de ver o bonito e admirá-lo, capazes de enxergar o feio e neutralizá-lo, desarmando-o.
Foi através desses olhos que Neruda viu o mundo; e através de sua escrita que o reformulou, analisou, sentiu e viveu.
Por isso, mas na verdade por muito mais, é proibido não conhecer Pablo Neruda. É proibido não ver um pouco a vida pelos seus olhos. Nos versos seguintes, somos brindados com uma verdadeira lição de vida, de quem a viveu cheio de suavidade e delicadeza:

É proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Mesmo com a vida abreviada por uma doença, não foi breve sua lida nem sua lição.
É um presente conhecer seus versos e sua história. Apaixonar-se por suas linhas, encher o coração de paz, não se envolver por qualquer outro sentimento que não sejam aqueles que inspirem amor e amizade.
Desta forma, é um desperdício não navegar por estas águas poéticas que Pablo Neruda nos proporciona. Estes versos que resgatam sonhos e fazem crer que tudo pode ser muito mais belo, se vistos com os olhos certos.