As minhas manchas poderiam estar em sofisticados bordados, ou até serem resultado de secreções mais nobres que as minhas sujeiras. Entretanto, não sendo escritora, o sangue em meu vestido não é vinho. Não posso transformar porra em mingau de aveia; a lama em meus sapatos é pura merda. E durante essas semanas em que venho insistindo na minha mentira, juro, tenho sentido os meus rins doerem, na vã tentativa de me dar algum incentivo. Meu fígado se revira, em busca de desopilar a química desse remédio, que é desabafar em verbo, e o meu estômago arde e regurgita, porque palavras como as que sou obrigada a usar são indigestas até para frias miseráveis desgraçadas, como eu.
To be continued...
Mona M.
To be continued...
Mona M.
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