terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sobre Ambivalência

Pensou além de seus horizontes,
Talvez fosse um sol que espalhou luz e calor pelos lugares dela que passou; ou talvez fosse um iceberg que atravessou seus poros e tornou-a pedra congelada.

Havia dito que ninguém acende uma lâmpada para escondê-la atrás da porta; o objetivo da luz é trazer mais luz à sua volta, "abrir os olhos", mostrar a eles as maravilhas ao redor.
Havia dito também que ninguém oferece em sacrifício à luz, a coisa mais importante que possui: o amor.
Ninguém entregaria seus sonhos nas mãos daqueles que podem destruí-los. Exceto ela.
A maior verdade entre todas as mentiras é que ela ama odiar o amor. Odeia-o para tão pura e simplesmente poder amá-lo da forma mais sublime, que você, caro leitor, jamais sentirá.
Ela não é louca, é apenas um ser pensante de ego inflado. E por ser um ser pensante, ou um ser que pensa demais e que por pensamento vive presa em seus próprios pensamentos, desde o dia em que resolveu, como que por instinto de sobrevivência, olhar para seu horizonte interior.

Mona M.



domingo, 28 de outubro de 2012

Sobre Morrer


Morrer muda tudo. 
Tem alguma explosão emocional, evidentemente.
Mas também tem as coisas práticas. Quem vai fazer seu trabalho?
Quem vai cuidar da sua família?
A única coisa boa para você é que não precisará se preocupar. 
Gente que você não conheceu vai morar na sua casa...
Fazer o seu trabalho.
 O mundo continuará girando... Sem você.
Dizem que a morte é mais difícil para os vivos.  
É complicado dizer adeus. Às vezes, é impossível. 
Você nunca para de sentir a perda. 
É isso que torna as coisas doces e amargas.  
Deixamos pequenos pedaços de nós para trás... Pequenas lembranças... Uma vida de memórias, fotos, bugigangas. Coisas para lembrarem de nós; mesmo quando tivermos ido embora. 


Mona M. 


Love me Tender



"I love you"... Nunca esperei que numa tarde de sábado, você podia sair de dentro do meu rádio para dizer olhando para mim: "I love you".

Mona M.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A vida é o que a vida é?


Um passarinho contou-me,
Em versos e canto,
Que a vida é poesia. 

A poesia veio à mim
Em prosa e
Disse-me que a vida
Era muito maior do que ela.

Pensei: o que será mais importante do que viver? 
O que será mais bonito do que a palavra? 

Adormeci.

Sonhei. 

Acordei. 

Tornei a pensar em meus questionamentos e percebi, mais tarde, que a vida e a poesia são universais. A poesia é universal pois expressa sentimentos. E a vida? A vida é, evidentemente, universal, mas não porque vivemos e sim, porque sentimos. 

Logo, sentir é estar vivo. 
Mas viver em poesia é penetrar no sentimento e aprender uma lição com cada um deles, principalmente com os mais difíceis. 

Mona M.